CNJ trabalha para efetivar uso de formulário de inclusão à população LGBTQIAPN+

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 16/04/2024 13h00, última modificação 16/04/2024 12h19
Outra medida é possibilitar a utilização do documento em um ambiente digital.

As Comissões Permanentes de Democratização e Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários e de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, Testemunhas e de Vulneráveis do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se reuniram nessa terça-feira (9/4) para discutir medidas para popularizar e melhor aproveitar o Registro de Ocorrência Geral de Emergência e Risco Iminente à Comunidade LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Pôli, Não-binárias e mais), conhecido como “Formulário Rogéria”.

 

O formulário foi lançado pelo CNJ em 2022 e é aplicado por delegacias, Ministério Público, Defensoria Pública, equipes psicossociais dos tribunais e instituições de assistência social, saúde, acolhimento e proteção a vítimas de violência e violações de direito.

 

Para o conselheiro Marcello Terto e as conselheiras Renata Gil e Daiane Lira, o formulário precisa ser adaptado à linguagem simples, de forma a torná-lo inteligível aos agentes que o preenchem e às vítimas. Isso deve ser acompanhado, ainda, de treinamento e capacitação dos operadores do formulário.

 

Outra medida é possibilitar a utilização do documento em um ambiente digital, com a automatização do formulário, de forma a permitir leitura digital e fiel dos dados. “Todas essas ações permitirão que o uso do formulário não se paute apenas na proteção, mas avance para a inclusão das pessoas LGBTQIAPN+, pois queremos ir além: para que haja, de fato, inclusão e respeito a nossa identidade e multiplicidade de gênero”, destacou Terto.

 

Além disso, está em vista a edição de normativo que aproveite todo o potencial do formulário. A ideia é que os dados sobre a violência contra essa população possam ser estruturados e permitam não só a elaboração, mas também a incorporação e o acompanhamento das políticas de proteção e inclusão das pessoas LGBTQIAPN+. “Os conselheiras estão abraçando essa pauta, mas também é uma prioridade da atual gestão do CNJ”, lembrou a conselheira Daiane.

 

A questão também será discutida no âmbito da Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violência, Testemunhas e Vulneráveis, presidida pela conselheira Renata Gil. “Essa interdisciplinaridade visa abranger outras nuances referentes ao tema”, ressaltou a conselheira.

 

Estiveram presentes à reunião representantes da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), Rede GayLatino, Grupo Dignidade e Aliança Nacional LGBTI+.

 

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Fonte: Agência CNJ de Notícias - Imagem: Freepik Free

Edição: Site TV Alepi