IBGE divulga situação do Piauí sobre bueiros ou bocas de lobo em vias pública
Em continuidade à apresentação dos resultados da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada por ocasião do Censo Demográfico 2022, a qual traz um panorama da infraestrutura urbana do país, com informações territoriais que integram dados populacionais e domiciliares, apresentamos, a seguir, os resultados encontrados na pesquisa para os quesitos de: existência de bueiro ou boca de lobo nas vias públicas; existência de pavimentação nas vias; e a capacidade de tráfego nas vias públicas.
A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios revelou que cerca de 260 mil moradores de áreas com características urbanas do Piauí (11,63%) residem em vias públicas onde existe a instalação de bueiros ou bocas de lobo, a menor proporção do país, quase cinco vezes menor que a proporção observada para o Brasil, que foi de 53,72%. Assim, cerca de 1,9 milhões de moradores urbanos do Piauí (88,25%) residiam em vias sem a existência de bueiros ou bocas de lobo. A existência desses equipamentos de escoamento de água nas vias públicas urbanas é de suma importância, pois evita alagamentos e acúmulo de água que podem causar danos às pessoas, infraestrutura e propriedades nas vias públicas, bem como também colaboram para evitar a proliferação de mosquitos e outros vetores de doenças.
Entre os estados da federação, os maiores indicadores da proporção da população urbana com acesso a vias públicas com bueiro ou boca de lobo foram: Santa Catarina (85,15%), Paraná (83,37%) e Rio de Janeiro (76,66%). Os menores indicadores foram: Piauí (11,63%), Rio Grande do Norte (19,22%) e Ceará (20,90%).
No Piauí, os municípios de Amarante e de Buriti dos Lopes foram os que apresentaram a maior proporção de moradores urbanos com acesso a vias públicas com bueiro ou bocas de lobo, respectivamente com 25,62% e 24,11%. A capital do estado, Teresina, apresentou um indicador de 20,02%, o que a colocava na 7ª. colocação entre os municípios do Piauí. Cerca de 32% dos municípios do estado não apresentaram qualquer registro da existência de bueiros e bocas de lobo.
Entre as capitais do país, o menor indicador foi o de Teresina (20,02%), seguido de Fortaleza (32,57%) e de Natal (35,23%). Os maiores indicadores entre as capitais foram de: Curitiba (94,98%) e de Vitória (92,34%).
O indicador da existência de bueiros ou bocas de lobos nas vias públicas, bem como os demais indicadores divulgados pelo IBGE na Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, fornecem importantes elementos para o planejamento urbano municipal, bem como para a implementação e o monitoramento de políticas públicas e programas de desenvolvimento urbano sustentável, subsidiando, ainda, a tomada de decisões baseadas em evidências, em todos os níveis de governo. Merece ser destacado que a produção de estatísticas e informações geoespaciais oficiais estão adequadas às disposições contidas no Estatuto das Cidades (Lei n. 10.257, de 10.07.2001), bem como também na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, estabelecida pelas Nações Unidas em 2015; e na Nova Agenda Urbana, aprovada pelas Nações Unidas em 2016.
Cerca de 87% dos moradores de áreas urbanas no Piauí vivem em vias pavimentadas
A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada pelo IBGE, revelou que, no Piauí, cerca de 1,9 milhão de moradores de áreas com características urbanas residem em vias pavimentadas (86,53%), cuja cobertura pode ser asfalto, cimento, paralelepípedos, calçamento poliédrico etc. Assim, cerca de 269 mil moradores piauienses de áreas com características urbanas não residem em vias pavimentadas (13,47%).
No Brasil, a média de moradores de áreas com características urbanas residindo em vias pavimentadas foi de 88,51%, indicador pouco superior ao observado para o Piauí (86,53%). Entre os estados da federação, os maiores indicadores foram os de: São Paulo (95,95%), Minas Gerais (95,28%) e do Distrito Federal (94,15%). Os menores indicadores ficaram com: Rondônia (70,41%) e Pará (69,33%). No Piauí, um total de 98 municípios (43,75%) apresentou indicador de pavimentação de via superior à média do estado, enquanto outros 126 municípios (56,25%) apresentaram indicador inferior à média do estado. Em Teresina, 95,50% dos moradores residem em vias pavimentadas. O município de Morro Cabeça no Tempo foi o que apresentou a menor proporção de moradores de áreas com características urbanas residindo em vias pavimentadas, com 14,52%, ou seja, uma proporção seis vezes menor que a média do estado do Piauí (86,53%). Em termos de Brasil, o município de Morro Cabeça no Tempo registrou o 5º. menor indicador dentre todos os municípios do país.
A pavimentação das vias públicas é fundamental para o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida do cidadão, onde podemos destacar alguns aspectos: melhoria do acesso a serviços essenciais como educação e saúde; reduz a poeira, lama e barulho melhorando a saúde pública; facilita o transporte de mercadorias e serviços, impulsionando a economia local e regional; e reduz o risco de acidentes de trânsito, em razão das superfícies pavimentadas serem mais estáveis e aderentes ao veículos e pedestres.
Cerca de 95% dos moradores de áreas urbanas no Piauí vivem em vias públicas com capacidade de tráfego para caminhões e ônibus, facilitando o acesso a serviços públicos diversos
No tocante ao porte máximo dos veículos que podem trafegar pelas vias públicas, verificou-se que, no Piauí, 2,1 milhões de moradores de áreas com características urbanas (94,6%) residem em vias com capacidade de tráfego máximo para caminhão ou ônibus; 95 mil moradores (4,28%) residem em vias com capacidade de tráfego máximo para carro ou van; 22 mil moradores (1%) residem em vias com capacidade de tráfego máximo apenas para motocicleta, bicicleta e pedestres; e 0,12% deles não tiveram informação declarada. Deve ser ressaltado que, quanto maior a capacidade do porte do veículo que trafega nas vias, melhor vai ser o acesso da população a serviços públicos, como a coleta de lixo, ambulância, bombeiros etc, bem como é importante também para a mobilidade e acessibilidade de pedestres e veículos em geral, sendo ainda um fator de segurança e de desenvolvimento econômico para a comunidade.
O indicador do Piauí para a capacidade de circulação da via para caminhão ou ônibus (94,6%), que denota a capacidade máxima das vias, foi superior ao observado para a média do Brasil (90,79%) e foi, também, o 10º. maior do país. Os estados com os maiores indicadores foram: Tocantins (97,98%), Mato Grosso do Sul (97,96%) e Mato Grosso (97,91%). Os menores indicadores ficaram com: Pernambuco (79,42%) e Amapá (76,9%).
Entre os municípios do Piauí, 63% deles têm um indicador de capacidade de circulação da via para caminhão e ônibus superior ao observado para o estado, enquanto 37% deles têm um indicador inferior. No município de Teresina, 96,15% dos moradores viviam em vias de capacidade de circulação para caminhão e ônibus. Merece ser destacado o município de Caraúbas do Piauí, que apresentou um indicador de capacidade de circulação da via para caminhão e ônibus para 22,16% dos moradores urbanos, sendo o menor indicador do Piauí e o quinto menor do Brasil. Em Caraúbas do Piauí, a maior capacidade de circulação da via pública é para carros ou vans, disponível para 69,93% dos moradores urbanos.
Fonte: IBGE - Imagem: PMT