Brasil está no top 5 das contas de energia mais caras do mundo

por Helorrany Rodrigues da Silva publicado 11/08/2022 08h05, última modificação 10/08/2022 16h18
Tecnologia em energia limpa busca reduzir impacto no bolso dos brasileiros

Nos últimos cinco anos, o custo da energia elétrica brasileira aumentou 47%, o que contribuiu para que o país subisse de posição na lista, ficando apenas atrás da Colômbia. Uma pesquisa recente divulgada pela plataforma Cupom Válido, a partir de dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), mostra que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de contas de luz mais caras do mundo. 

 

Além da Colômbia e Brasil, no topo do ranking entre as contas mais caras estão: Turquia (3º), Chile (4°), e Portugal (5°). Na base, entre os cinco países com a energia mais barata, estão Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá e Suíça, respectivamente.

 

Segundo o levantamento, do total do custo pago pelos consumidores, apenas 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição da energia. Os vilões estão nos outros 46,5% restantes, que são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências.

 

Paralelo a isso, de acordo com o levantamento Revisão Global de Eletricidade, divulgado pela Agência Brasil, o ano de 2021 registrou o maior índice na utilização das energias alternativas. O total de fontes limpas que geram eletricidade subiu para 38%, globalmente.

 

Energia limpa é alternativa econômica e sustentável


A seca enfrentada no Brasil no último ano mostra que o caminho para uma matriz de geração menos dependente da hidráulica é fundamental. O CEO da companhia Elétron Energy, André Cavalcanti, explicou que existe um potencial gigantesco a ser desbravado quando se fala de energia limpa.

 

“Compreender as vantagens da energia solar tanto em relação à economia quanto à sustentabilidade e respeito ao meio ambiente é crucial para a sociedade”, disse Cavalcanti. “Essa é a fonte de energia que mais gera empregos no mundo, além de ser uma das fontes energéticas mais estratégicas para acelerar o desenvolvimento sustentável do nosso país”, ressaltou.

 

A empresa, com sede em Pernambuco e filiais em diversas capitais brasileiras, planeja investir R$ 1,6 bilhão em novos parques de geração solar nos próximos anos. As usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração de energia do Brasil e sua geração é até 10 vezes mais barata do que as fontes elétricas, considerando sobretudo os constantes aumentos tarifários.

 

Juntas, as energias eólica e solar são as fontes de eletricidade de menor custo, comparando com a produção de eletricidade a partir de outros recursos.

 

Alternativas

 

O Brasil tornou-se o quinto maior produtor de energia solar em 2021, terminando o ano com cerca de 13 GW, segundo dados do relatório Renewables 2022 Global Status Report - REN21 - GSR 2022. As novas adições (5,5 GW) foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4GW), quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).

 

Alternativas como o mercado de energia por assinatura devem trazer profundas e importantes transformações no país nos próximos anos. Para o CEO da Juntos Energia, José Otávio Bustamante, tanto o consumidor residencial quanto o empresarial podem se beneficiar com a energia limpa por assinatura. “Além de reduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, essa tecnologia promove uma redução de até 20% na conta de luz todos os meses, sem necessidade de instalações de placas fotovoltaicas ou taxas de adesão”, explicou.

 

A empresa é a primeira do país a conseguir conectar usinas às redes das concessionárias lançando o modelo de portabilidade na geração de energia residencial e para pequenas e médias empresas.

 

Com Informações Correio Braziliense

Imagem: Stima Energia

Edição Site TV Assembleia