Lipedema: Nutróloga Iluska Carvalho explica sobre a doença e suas implicações

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 21/02/2025 10h35, última modificação 21/02/2025 10h35
A especialista participou de entrevista no Bom Dia Assembleia

O lipedema é uma condição médica que se caracteriza pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas e braços, e foi descrita pela primeira vez em 1940. Embora frequentemente confundido com obesidade ou excesso de gordura comum, o lipedema é uma doença inflamatória crônica e progressiva que afeta predominantemente mulheres, com uma em cada dez mulheres apresentando essa condição, muitas vezes sem saber.



Em entrevista a Juliana Arêa Leão no jornal Bom Dia Assembleia desta sexta-feira, 21, a nutróloga Iluska Carvalho explicou o lipedema é caracterizado por um acúmulo desproporcional de gordura, especialmente na região dos quadris e coxas. Embora possa afetar homens, isso é raro. A gordura associada ao lipedema é diferente da gordura comum; trata-se de uma gordura nodular e fibrótica, que é resistente a dietas e exercícios físicos. Além do acúmulo de gordura, os pacientes frequentemente relatam dores, cansaço e inchaço nas pernas.



O diagnóstico do lipedema deve ser realizado por profissionais da saúde, que realizam uma avaliação clínica detalhada, incluindo a história médica do paciente e exames físicos. Exames de imagem, como ultrassonografias, podem ajudar a visualizar a distribuição da gordura e identificar características fibróticas.



Embora a causa exata do lipedema ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que fatores genéticos e hormonais desempenhem um papel significativo. Muitas pacientes relatam histórico familiar da condição, e o lipedema tende a se agravar durante mudanças hormonais, como na puberdade, gestação e menopausa.



De acordo com a especialista, existem quatro tipos de lipedema, classificados de acordo com a localização do acúmulo de gordura e a gravidade dos sintomas. O tratamento do lipedema é multidisciplinar e visa minimizar os sintomas, evitar a progressão da doença e prevenir complicações. Isso pode incluir:



- Nutrologia: Uso de medicamentos e suplementações, como ômega-3 e antioxidantes, para controlar a inflamação.
- Fisioterapia: Drenagens linfáticas que ajudam a aliviar os sintomas.
- Atividade Física: Exercícios de baixo a médio impacto, evitando atividades que possam causar inflamação muscular excessiva.
- Psicologia: Apoio para lidar com a ansiedade e depressão que podem surgir devido à condição.

Veja entrevista completa


 

Fonte: TV Assembleia