Kidults e a febre dos brinquedos para adultos: entre o afeto, a nostalgia e o alerta psicanalítico
Os bonecos Labubu, Bob Goods e os bebês reborns vêm conquistando não apenas o público infantil, mas também uma legião de adultos brasileiros. Esse fenômeno faz parte de uma tendência crescente chamada “Kidult”, termo que designa adultos que consomem brinquedos e produtos tradicionalmente infantis, como forma de lidar com as pressões da vida moderna.
Segundo pesquisa, 76% dos brasileiros entre 18 e 65 anos se identificam como consumidores em potencial desse segmento, superando a média mundial, que é de 67%.
Para entender melhor esse comportamento, o programa Bom Dia Assembleia, apresentado pela jornalista Juliana Arêa Leão, entrevistou a psicanalista Tatiane Reis.
De acordo com Tatiane, o consumo de brinquedos por adultos pode ter diferentes significados psíquicos. Em alguns casos, atua como uma estratégia saudável de enfrentamento, uma forma de conforto emocional diante da instabilidade profissional, das perdas, das cobranças e das pressões da vida adulta. O brinquedo, nesse contexto, resgata a nostalgia e os afetos da infância, funcionando como uma espécie de refúgio emocional diante do mundo pós-moderno.
Por outro lado, a psicanalista alerta para os riscos quando esse comportamento se torna excessivo ou compulsivo. “Quando o brinquedo passa a substituir relações humanas, ou quando há compras exageradas e isolamento social, é preciso acender o sinal de alerta e buscar apoio psicológico”, explica Tatiane.
Confira a entrevista completa
Fonte: Bom Dia Assembleia