A morte do Papa Francisco: humildade até o fim
A morte do Papa Francisco, na madrugada da última segunda-feira, pegou o mundo de surpresa. Fiéis, religiosos e líderes ao redor do planeta amanheceram com a notícia inesperada do falecimento do pontífice, apenas horas após ele ter aparecido em público durante as celebrações do Domingo de Páscoa, na Praça de São Pedro.
Para esclarecer os bastidores da vida e da morte do Papa Francisco, o programa Bom Dia Assembleia, apresentado por Juliana Arêa Leão, entrevistou o especialista Matheeus Nunes. Na conversa, ele revelou detalhes emocionantes e pouco conhecidos sobre os últimos momentos de Francisco e sua trajetória marcada pela simplicidade.
Uma despedida inesperada
Segundo Nunes, a primeira surpresa veio ainda no Domingo de Páscoa, quando o Papa apareceu na varanda da Basílica de São Pedro para conceder a tradicional bênção Urbi et Orbi – voltada à cidade de Roma e ao mundo. O gesto não estava previsto oficialmente. “Ele até perguntou ao enfermeiro se conseguiria dar uma volta na praça, e o enfermeiro autorizou”, relatou o especialista.
Com isso, muitos fiéis foram dormir acreditando que o Santo Padre estava bem. No entanto, poucas horas depois, sinos fúnebres começaram a tocar na Basílica de São Pedro, pegando de surpresa até mesmo os visitantes que estavam no local por conta do Ano Santo. Foi assim que o mundo acordou com a notícia da morte de Francisco.
Vida simples, funeral discreto
A simplicidade que marcou o pontificado de Francisco também se refletiu nos preparativos para sua despedida. Desde sua eleição, ele já havia deixado claro que rejeitava ostentações. Recusou morar no Palácio Apostólico, residência oficial dos papas, e optou por viver na Casa Santa Marta, onde também foi velado.
O funeral seguiu pedidos expressos pelo próprio pontífice: apenas um caixão de madeira, sem os tradicionais três usados para preservação do corpo, e nenhum epitáfio além do nome "Franciscus" na lápide. Ele também solicitou que não fosse sepultado na Basílica de São Pedro, como é costume, mas sim na Basílica de Santa Maria Maior.
Segundo Matheeus Nunes, uma pessoa próxima a Francisco se responsabilizou pelos custos adicionais do sepultamento, mesmo que, por tradição, a Igreja mantenha todas as despesas do Papa. “Toda a vida do Papa é sustentada pela Igreja. Ele não recebe salário, como nós. Alimentação, viagens, tudo é custeado pelo Vaticano”, explicou.
O que acontece com os bens do Papa?
Um dos temas mais comentados nas redes sociais após o falecimento foi o destino dos bens pessoais de Francisco. A resposta é simples: o que ele possuía antes da vida religiosa, como possíveis propriedades em Buenos Aires, fica para a família. Mas tudo o que adquiriu durante o papado permanece com a Igreja.
“Essa é a mesma lógica que se aplica a cardeais, bispos e padres. Ao assumir o sacerdócio, a vida deles se torna dedicada à missão, e os bens passam a ser da instituição religiosa”, comentou Nunes.
Um legado de humildade
Com a morte de Francisco, o mundo católico volta os olhos para o próximo conclave, que escolherá o novo Papa. No entanto, o legado do Papa argentino já está marcado na história: um pontífice que quebrou protocolos, promoveu a inclusão, lutou pela justiça social e fez da humildade uma marca registrada até o fim.
Confira a entrevista completa
Fonte: TV Assembleia