91% dos domicílios piauienses têm cobertura somente de telha sem laje de concreto

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 30/12/2024 14h00, última modificação 21/12/2024 19h06
Pesquisa do IBGE aponta condições de moradias no Piauí

Em 2023, a grande maioria dos domicílios piauienses (90,9%) apresentava uma cobertura feita de telha sem laje de concreto, deixando o Piauí com o segundo maior indicador do país. Outras formas de cobertura dos domicílios também foram registradas no estado: telha com laje de concreto, presente em 5,8% dos domicílios do estado; somente laje de concreto, em 2,8% dos domicílios; e outro material, em 0,5% dos domicílios. É interessante salientar que em 2016 a proporção de domicílios com cobertura de telha sem laje de concreto era de 91,8% dos domicílios piauienses, 0,9 ponto percentual acima do registrado em 2023, tendo havido, portanto, o aumento de novas casas cobertas apenas com telha sem laje de concreto. São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

 

No Brasil, em 2023, a maioria dos domicílios também era de telha sem laje de concreto, presente em 49,4% dos domicílios brasileiros, 41,5 pontos percentuais abaixo da proporção registrada no Piauí (90,9%). A segunda forma mais presente de cobertura dos domicílios no país era de telha com laje de concreto, presente em 33% dos domicílios. Na sequência, em 14,8% dos domicílios, temos cobertura somente de laje de concreto; e em 2,7% dos domicílios, temos cobertura feita de outro material.

 

Entre os estados da federação, os maiores indicadores de domicílios com cobertura de telha sem laje ficaram com: Roraima (95%), Piauí (90,0%) e Rondônia (89,6%). Por sua vez, os menores indicadores ficaram com: Rio de Janeiro (18,4%), São Paulo (24,1%) e Minas Gerais (30,3%).

 

Domicílios do Piauí são os que menos utilizam material de revestimento no piso em todo o país

 

Em 2023, no Piauí, 63,6% dos domicílios revestiam o piso com cerâmica, lajota ou pedra, registrando a menor proporção de utilização de revestimento entre todos os estados do país. Em 2016, essa proporção era de 55,4% dos domicílios com revestimento no piso, o que deixava o Piauí na 6ª. menor colocação entre os estados, ficando atrás de Amapá, Maranhão, Acre, Pará e Roraima. Apesar de em 2023 o estado ter registrado um aumento de 8,2 pontos percentuais na proporção de domicílios piauienses com revestimento no piso em relação a 2016, o crescimento foi inferior ao dos demais estados acabando por posicionar o Piauí na última colocação em 2023. 

 

No Brasil, 81,7% dos domicílios revestiam o piso com cerâmica, lajota ou pedra, 18,1 pontos percentuais acima do registrado no Piauí. Entre os estados, as maiores proporções de utilização de revestimento no piso foram de: Espírito Santo (93,2%), Distrito Federal (93,1%) e São Paulo (90,1%). Por sua vez, as menores proporções foram as do: Piauí (63,6%), Maranhão (64,1%) e Acre (65,0%).

 

O segundo tipo de revestimento de piso mais utilizado nos domicílios piauienses é unicamente o cimento, presente em 34,8% dos domicílios do estado, sendo o maior indicador de utilização desse material entre todos os estados do país. Depois do Piauí, os estados com os maiores indicadores são: Paraíba (32,4%) e Ceará (32,2%). Os menores indicadores são os do: Acre (1,0%), Santa Catarina (1,8%) e Rio Grande do Sul (2,6%). No Brasil, 11,7% dos domicílios apresentam revestimento de piso com cimento, indicador três vezes menor que o observado no Piauí.

 

Um em cada três domicílios do Piauí utiliza lenha ou carvão no preparo de alimentos

 

No Piauí, 36,6% dos domicílios faziam uso de lenha ou carvão na preparação dos alimentos, o equivalente a um em cada três domicílios do estado em 2023, terceiro maior indicador do país. 

 

No Brasil, a média era de 15,2% dos domicílios que utilizavam lenha ou carvão para preparar os alimentos. Os estados com os maiores indicadores eram: Maranhão (46,3%), Pará (43,3%) e Piauí (36,6%). Por sua vez, os menores indicadores foram: Distrito Federal (2,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e São Paulo (3,0%).

 

Em 2023, o tipo de combustível mais utilizado no preparo de alimentos nos domíclios piauienses foi o gás, seja em botijão ou encanado, presente em 96,7% dos domicílios piauienses. Na sequência, temos a energia elétrica, utilizada em 55,4% dos domicílios do estado; seguido da lenha ou carvão, em 36,6% dos domicílios; e outro combustível, em 0,1% dos domicílios. É importante destacar que os domicílios brasileiros podem utilizar mais de um tipo de combustível, ao mesmo tempo, para o preparo de seus alimentos.

 

No Brasil, o tipo de combustível mais utilizado para o preparo de alimentos nos domicílios também era o gás, presente em 98,2% dos domicílios. Em seguida vinha a energia elétrica, em 51% dos domicílios; a lenha ou carvão, em 15,2% dos domicílios; e outro combustível em 0,1% dos domicílios.

 

Fonte: IBGE - Imagem: Freepik