TV Assembleia cobre Conferência da Igualdade Racial em Picos

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 01/07/2025 10h09, última modificação 01/07/2025 10h09
Um dos destaques foi a participação da advogada Joicyara Bernardes, especialista em questões de gênero, que concedeu entrevista ao correspondente Danilo Eliéser

A TV Assembleia agora transmite em sinal aberto para a cidade de Picos e, na estreia do correspondente Danilo Eliéser, acompanhou a 4ª edição da COMPIR – Conferência Municipal da Igualdade Racial, promovida pela Prefeitura local. O evento reuniu ativistas do Movimento Negro, representantes da capoeira, da umbanda, estudantes, lideranças comunitárias e sociedade civil para debater ações de enfrentamento ao racismo e promoção da equidade racial.

 

Com o tema "Igualdade, Democracia, Reparação e Justiça Racial", a conferência abriu espaço para escutas, debates e propostas que serão levadas às etapas estadual e nacional. Um dos destaques foi a participação da advogada Joicyara Bernardes, especialista em questões de gênero, que coordenou o eixo temático de justiça racial e foi escolhida como delegada para a etapa estadual.

 

Durante entrevista, Joicyara destacou os avanços da nova Lei de Cotas, que amplia a reserva de vagas em concursos públicos:

 

  • 30% para pessoas pretas e pardas (antes eram 20%)

  • 3% para pessoas indígenas

  • 2% para quilombolas

 

Ela também explicou que, caso alguma dessas cotas não seja totalmente preenchida, a vaga é redistribuída para o grupo seguinte, garantindo maior inclusão. “Esse novo formato evita que todos esses grupos concorram por uma única cota, como ocorria antes, o que tornava a reparação mais lenta e desigual”, afirmou.

 

Outra novidade é a exigência de documentação para autodeclaração de indígenas e quilombolas, e a criação de comissões de heteroidentificação compostas por pessoas qualificadas, para assegurar a legitimidade dos processos.

 

As mudanças já estão em vigor e valem para processos seletivos em todo o Brasil. Joicyara alerta que os editais devem facilitar o acesso à documentação exigida e evitar critérios excludentes. “A lei é para inclusão, não para exclusão”, reforça.

 

Confira a entrevista completa


 

Fonte: Bom Dia Assembleia