Transtorno de imagem afeta milhões de brasileiros e preocupa especialistas
O Bom Dia Alepi, apresentado pela jornalista Juliana Arêa Leão, recebeu nesta sexta-feira (18) o fisiologista Dr. Antônio Carlos Cortez para discutir um tema urgente e muitas vezes invisível: o transtorno dismórfico corporal, conhecido também como transtorno de imagem. A condição atinge cerca de 4 milhões de brasileiros e até 2% da população mundial.
Durante a entrevista, o especialista explicou que a vigorexia, uma forma específica desse transtorno, foi identificada em 1993 pelo Dr. Pope Jr., da Universidade de Harvard. Ao contrário da anorexia, que leva à busca por emagrecimento extremo, a vigorexia é marcada pela obsessão em aumentar o volume muscular, sendo muitas vezes chamada de “anorexia reversa”.
Segundo Dr. Carlos, os principais fatores de risco para o transtorno são psicológicos, socioculturais e até genéticos. Ambientes que estimulam comparações estéticas constantes — como academias, redes sociais e o meio artístico — agravam a condição. A exposição a padrões inalcançáveis de beleza também pode levar ao uso excessivo de anabolizantes, plásticas e gastos com estética.
“Você liga a TV e só vê corpos sarados, inalcançáveis naturalmente. Isso pressiona, especialmente quem já lida com baixa autoestima”, afirmou o fisiologista.
O transtorno, segundo o especialista, atinge tanto mulheres quanto homens. Casos famosos, como os de artistas que passaram por inúmeras intervenções estéticas — citando nomes como Anitta, Gracyanne Barbosa e Eduardo Costa — refletem a influência dos padrões impostos pela sociedade.
Entre os sintomas mais comuns estão:
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Insatisfação constante com o corpo;
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Comparações excessivas;
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Medo de se expor fisicamente;
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Uso abusivo de anabolizantes e cirurgias;
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Gastos compulsivos com estética.
Confira a entrevista completa com o especialista
Fonte: Bom Dia Alepi