Transtorno de imagem afeta milhões de brasileiros e preocupa especialistas

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 18/07/2025 10h51, última modificação 18/07/2025 10h51
Em entrevista ao Bom Dia Alepi, especialista explica sobre esse transtorno e como se evidencia no mundo moderno

O Bom Dia Alepi, apresentado pela jornalista Juliana Arêa Leão, recebeu nesta sexta-feira (18) o fisiologista Dr. Antônio Carlos Cortez para discutir um tema urgente e muitas vezes invisível: o transtorno dismórfico corporal, conhecido também como transtorno de imagem. A condição atinge cerca de 4 milhões de brasileiros e até 2% da população mundial.

 

Durante a entrevista, o especialista explicou que a vigorexia, uma forma específica desse transtorno, foi identificada em 1993 pelo Dr. Pope Jr., da Universidade de Harvard. Ao contrário da anorexia, que leva à busca por emagrecimento extremo, a vigorexia é marcada pela obsessão em aumentar o volume muscular, sendo muitas vezes chamada de “anorexia reversa”.

 

Segundo Dr. Carlos, os principais fatores de risco para o transtorno são psicológicos, socioculturais e até genéticos. Ambientes que estimulam comparações estéticas constantes — como academias, redes sociais e o meio artístico — agravam a condição. A exposição a padrões inalcançáveis de beleza também pode levar ao uso excessivo de anabolizantes, plásticas e gastos com estética.

 

“Você liga a TV e só vê corpos sarados, inalcançáveis naturalmente. Isso pressiona, especialmente quem já lida com baixa autoestima”, afirmou o fisiologista.

 

O transtorno, segundo o especialista, atinge tanto mulheres quanto homens. Casos famosos, como os de artistas que passaram por inúmeras intervenções estéticas — citando nomes como Anitta, Gracyanne Barbosa e Eduardo Costa — refletem a influência dos padrões impostos pela sociedade.

 

Entre os sintomas mais comuns estão:

 

  • Insatisfação constante com o corpo;

  • Comparações excessivas;

  • Medo de se expor fisicamente;

  • Uso abusivo de anabolizantes e cirurgias;

  • Gastos compulsivos com estética.

Confira a entrevista completa com o especialista



Fonte: Bom Dia Alepi