Trabalhadores piauienses são resgatados de condições análogas à escravidão no Ceará

por Germana Socorro Rodrigues da Silva Santos publicado 03/11/2025 11h24, última modificação 03/11/2025 11h24
A operação do Ministério Público do Trabalho libertou 16 pessoas em obra de construção civil; três delas são naturais de Batalha, no Piauí.

 

 

Uma operação realizada pelo Ministério Público do Trabalho do Ceará resultou no resgate de 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma obra de construção de casas no município de Ipacatuba. Entre as vítimas, estavam três piauienses da cidade de Batalha. Durante a fiscalização, os auditores constataram que os empregados viviam em condições degradantes, sem alojamento adequado, com alimentação insuficiente e até falta de água potável para o consumo diário.

 

De acordo com o MPT, alguns trabalhadores relataram ter dormido ao relento por falta de espaço nos abrigos, e um deles mostrou a mão costurada após sofrer um acidente de trabalho. Diante das irregularidades, a obra foi embargada pelas autoridades até que todas as pendências fossem resolvidas. Os trabalhadores receberam seus direitos rescisórios e foram encaminhados de volta às suas cidades de origem.

 

O Ministério Público do Trabalho segue acompanhando o caso e alerta para o aumento no número de piauienses resgatados em outros estados. Somente neste ano, 30 trabalhadores foram retirados de condições semelhantes na Bahia e quatro no Maranhão. O órgão ressalta que o fenômeno de migração de piauienses em busca de emprego tem exposto muitos deles a situações de exploração e vulnerabilidade em diferentes regiões do país.

 

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