Registrado avanço do sarampo nas Américas

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 11/07/2025 14h00, última modificação 11/07/2025 11h08
Região teve aumento de 29 vezes no número de casos

Um total de 7.132 casos confirmados de sarampo e 13 mortes foram relatados na Região das Américas até meados do mês passado, de acordo com a última atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas.

 

Isso representa um aumento de 29 vezes em comparação com as 244 notificações relatadas no mesmo período de 2024.


Países mais afetados


A agência regional de saúde recomenda a implementação urgente de campanhas de vacinação nas áreas afetadas para conter os surtos e evitar a propagação desta doença evitável.

 

Nove países relataram casos este ano. O Canadá lidera o ranking, com 3.170 infecções e 1 morte; seguido pelo México, com 2.597 casos e 9 mortes; e pelos Estados Unidos, com 1.227 contaminações e 3 mortes.

 

Outras nações afetadas incluem Bolívia, Argentina, Belize, Brasil, Peru e Costa Rica.

 

Os surtos tiveram origem em importações de países dentro e fora da região. As faixas etárias mais atingidas são menores de 5 anos e adolescentes de 10 a 19 anos.

 

Países precisam atingir 95% de cobertura vacinal


O aumento de casos ressalta a necessidade urgente de abordar as lacunas na imunização de rotina. A Opas pede aos países que alcancem e mantenham 95% de cobertura com duas doses de vacina, especialmente em comunidades com baixa cobertura ou surtos ativos.

 

A agência está prestando cooperação técnica para fortalecer a vigilância epidemiológica, treinar profissionais de saúde e se envolver com as comunidades para garantir a detecção oportuna e uma resposta eficaz.

 

A Opas não recomenda a implementação de restrições às viagens internacionais.

 

A tendência ascendente reflete a situação global. Os dados de vigilância da Organização Mundial da Saúde, OMS, registraram 188.355 casos suspeitos e 88.853 confirmados em 168 países até 6 de junho de 2025.

 

A região do Mediterrâneo Oriental representa a maior parcela, de 35%, seguida pela região africana, com 21%, e pela Europa, com 16%.


Fonte: ONU News - Imagem: Unicef/Allan Stephen