No Cena Aberta, Normandes Malta apresenta o seu romance "Ossos da Serra"

por Antônio Luiz Moreira Bezerra publicado 18/07/2025 16h13, última modificação 18/07/2025 16h13
A obra teve grande receptividade no Salão do Livro do Piauí

No programa Cena Aberta desta sexta-feira, 18 de julho, que será exibido a partir das 21h30, teremos a participação do engenheiro, arquiteto e agora escritor Normandes Malta para apresentar seu romance de estreia, “Ossos da Serra” — uma obra de ficção policial inspirada em fatos reais envolvendo o contrabando de fósseis no Piauí e no Ceará.

 

Durante a entrevista com a jornalista Alexandra Teodoro, Normandes revela a excelente receptividade do público no Salão do Livro do Piauí (Salipi), e destaca o simbolismo do título e da capa, que traz a imagem de uma preguiça gigante, símbolo da Serra da Capivara.

 

“Procurei um nome que criasse uma aura de mistério e ao mesmo tempo dialogasse com a arqueologia da região”, explica o autor.

 

O livro mistura realidade e ficção: a trama gira em torno da jornalista Flávia, que investiga um esquema internacional de tráfico de fósseis. A narrativa começa em Teresina, com um misterioso leilão de peças arqueológicas, e se desenrola entre a capital e São Raimundo Nonato, com capítulos curtos e dinâmicos, no estilo thriller.

 

Normandes contou que uma das personagens é inspirada em Niède Guidon, referência mundial na arqueologia e grande defensora da Serra da Capivara. A escritora aparece como mentora de uma arqueóloga na história, como forma de homenagem à sua luta pela preservação do patrimônio brasileiro.

 

“Essa questão do tráfico de fósseis é real, mas pouco falada. E Niède sempre combateu isso com firmeza”, disse o autor.

 

O romance, com estrutura ágil e cinematográfica, foi escrito em cinco meses, entre outubro de 2024 e março de 2025. Normandes contou com a leitura crítica da esposa, a também escritora e professora Jasmine Malta, e de sua filha. A obra foi publicada pela Editora Nova Aliança, em parceria com a livraria Entre Livros, de Leonardo Dias.

 

“Escrevi pensando também em uma possível adaptação para o audiovisual. Várias pessoas me disseram que o livro tem cara de filme”, revela.

 

Além de escritor, Normandes é membro honorário da AJEB (Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil), e se diz orgulhoso por apoiar o trabalho de tantas mulheres na literatura.


Fonte: Cena Aberta