Maio: o Mês Mariano e a importância de Maria na Igreja Católica
No calendário litúrgico da Igreja Católica, o mês de maio é tradicionalmente conhecido como Mês Mariano, um período inteiramente dedicado à Nossa Senhora, que é venerada como a Mãe da Igreja. Em entrevista ao programa Bom Dia Assembleia, apresentado pela jornalista Alexandra Teodoro, o padre Iago Waquim explicou a origem e o significado dessa devoção que atravessa os séculos.
“O mês de maio é dedicado à Nossa Senhora por diversas razões, incluindo motivos históricos. No século XI, na região onde hoje fica a Alemanha, havia uma festa pagã chamada Festa das Flores. A Igreja, buscando transmitir a devoção mariana, adaptou essa tradição e a inseriu em seu calendário litúrgico”, contou o padre.
Além do contexto histórico, há também uma ligação simbólica: maio marca, na Europa, o início da primavera — a estação das flores — enquanto na liturgia católica Maria é chamada de Rosa Mística. “Maria é a Rosa Mística do jardim de Deus. Então, mês de maio, mês das flores, mês de Maria”, destacou padre Iago.
Programação especial nas paróquias
Durante todo o mês, as paróquias organizam missas, novenas, orações do Santo Terço e momentos de reflexão. Um dos pontos altos acontece no dia 31 de maio, quando se celebra a Visitação de Maria à sua prima Santa Isabel. Nesta data, é comum ocorrer o rito da coroação da imagem de Nossa Senhora, encerrando o mês mariano de forma solene.
“Cada paróquia monta sua programação, mas o mês inteiro é dedicado a Maria. E esse período também serve como um chamado aos fiéis, para que retomem sua espiritualidade, muitas vezes deixada de lado pela correria do dia a dia, pelo trabalho e pelos estudos”, reforçou o padre.
Maria: símbolo de acolhimento e cuidado
Além do aspecto religioso, o mês mariano também é uma oportunidade para refletir sobre temas atuais, como o papel da mulher na sociedade e o combate à violência contra a mulher. “Maria, pelo seu lado materno, pela sua missão participativa na redenção operada por Jesus, atrai com seu amor, sua obediência e dedicação às coisas do alto. Ela acolhe e afaga”, explicou padre Iago.
Ele lembrou ainda que a própria Igreja Católica é representada simbolicamente como uma mulher: “A Igreja é feminina desde o início, representada como a mulher orante, de braços elevados. A mulher, nos planos divinos, tem uma missão específica de cuidar, de acolher, por isso devemos respeito e atenção a ela na sociedade e dentro da Igreja.”
Confira a entrevista na íntegra
Fonte: Site TV Assembleia