Em entrevista ao Bom Dia Alepi, Lucas o anestesiologista Lucas Moura deu detalhes sobre cuidados com o procedimento.
Na semana passada, um empresário influenciador de 46 anos faleceu no litoral norte de Santa Catarina após receber anestesia geral para fazer uma tatuagem nas costas. O caso está sob investigação policial para determinar a causa da morte, gerando discussões sobre os riscos associados à anestesia.
Em entrevista a Juliana Arêa Leão no jornal Bom Dia Assembleia desta quarta-feira, 29, o anestesiologista Lucas Moura explicou que a anestesia é um procedimento médico que deve ser administrado por um especialista, preferencialmente um médico anestesista. Embora a anestesia seja necessária em diversas cirurgias e procedimentos médicos para garantir conforto e segurança ao paciente, a aplicação em procedimentos estéticos, como tatuagens, ainda é um tema controverso.
Moura destacou que a demanda por anestesia em tatuagens é recente e não há diretrizes claras dos conselhos de medicina sobre o assunto. No entanto, do ponto de vista ético, não há proibição para que um médico administre anestesia em tais procedimentos, desde que sejam seguidas as recomendações de segurança.
Existem diferentes tipos de anestesia, e no caso do influenciador, foi utilizada a anestesia geral, que pode ser necessária dependendo da extensão do procedimento. O anestesista deve avaliar se a sedação ou a anestesia geral é mais apropriada, considerando a profundidade do sono induzido e os riscos envolvidos.
Moura alertou que, embora a anestesia seja uma prática segura quando realizada em ambientes adequados e por profissionais qualificados, existem riscos associados a qualquer ato médico. A falta de informação pode levar a uma subestimação ou superestimação dos perigos da anestesia, e é fundamental que os pacientes estejam bem informados sobre os procedimentos que irão realizar.