Tecnologias sociais do semiárido piauiense são apresentadas em solenidade na Alepi
A Assembleia Legislativa do Piauí realizou, na manhã desta segunda-feira (13), sessão solene onde foram apresentados os dados dos avanços e das implantações de tecnologias sociais no semiárido piauiense. A solenidade foi aberta pela deputada Elisângela Moura(PC do B) e transmitida para o propositor da homenagem, o vice-presidente Francisco Limma (PT).
O deputado ressaltou em seu discurso que as mudanças climáticas afetam mais intensamente as áreas rurais. ”No Piauí, uma rede de mais de 3 mil entidades, incluindo o Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido e a ASA (Articulação do Semiárido), trabalha em todos os municípios para promover a convivência com o semiárido, utilizando tecnologias sociais como educação, comunicação, armazenamento de água e tecnologias adaptadas à realidade local”, afirmou.
O parlamentar disse também que a solenidade objetiva exatamente entender qual é a situação atual, quais as recomendações e o que essas entidades estão propondo. “Nós estamos aqui com uma minuta de um projeto de lei que ajuda a tratar sobretudo a questão da gestão da infraestrutura hídrica nos municípios, e é essa a intenção aqui da solenidade”, concluiu.
Limma destacou ainda a importância de continuar com políticas sociais, como a construção de cisternas. “Apesar do progresso (80 mil cisternas), há demandas não atendidas em saneamento e água, principalmente em face das mudanças climáticas e da inclusão de municípios no semiárido”, concluiu.
A presidente do Centro de Educação Ambiental e Assessoria (CEAA), Daluz Fonseca, reconheceu o avanço na implementação de tecnologias sociais, como a construção de cisternas de primeira e segunda água (para consumo e produção) em regiões semiáridas. Ela expressou a importância do reconhecimento do parlamento nessa luta e destacou a luta em defesa da água, especialmente no semiárido, mencionando a falta d'água, a desnutrição e os impactos em mulheres, crianças e idosos.
Antônio José dos Santos Neto, coordenador do Centro de Formação Mandacaru, destacou os 25 anos da ASA Brasil e seu trabalho no Piauí, destacando a gratidão pelas parcerias e conquistas, como a implementação de mais de 70 mil tecnologias de acesso à água. Também reconheceu que ainda há desafios, como garantir água para todas as famílias. Enfatizou ainda a importância da segurança hídrica e alimentar para a convivência no semiárido, com foco na produção de alimentos e geração de renda para as famílias.
Clébio Coutinho, superintendente da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar do Piauí (SAF), parabenizou o deputado Limma pela iniciativa de promover o fórum sobre tecnologias sociais para convivência com o semiárido. Ele destacou a importância dessas tecnologias, que combinam conhecimento técnico e popular para acesso à água, saneamento, energia e apoio à produção. “A SAF está envolvida na implementação dessas tecnologias, especialmente cisternas (mais de 5 mil em execução), e em outros projetos como o Piauí Sustentável Inclusivo, que incluem biodigestores e fogões ecológicos, demonstrando o compromisso do governo em priorizar a tecnologia social”, ressaltou.
Rejane Silva, coordenadora estadual do Fórum Piauiense de Convivência Com o Semiárido, descreveu o trabalho da ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro) no Piauí, destacando a melhoria da qualidade de vida de agricultores e agricultoras. “A ASA Piauí, composta por diversas organizações da sociedade civil, atua em todo o estado, promovendo políticas de estoque de água, alimentos e sementes. Hoje estamos aqui para celebrar o Programa Cisterna e toda a sua execução no estado. Desde a retomada, já conseguimos implementar mais de 10 mil tecnologias sociais no Piauí. É um avanço muito grande, especialmente quando olhamos para a melhoria da qualidade da água que chega às famílias do semiárido”, destacou.
João de Deus, secretário do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Piauí (Sasc) ressaltou que a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) atua com a população vulnerável, incluindo programas de convivência. “O governador Rafael Fonteles criou o auxílio alimentação, voltado para famílias do Bolsa Família (que atende 570 mil famílias no Piauí e injeta R$ 330 milhões/mês na economia estadual). Também foi criado o auxílio emergencial, com critérios da Defesa Civil, para 126 municípios”, afirmou.
Fizeram parte da mesa de honra, João de Deus Sousa, Secretário de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Piauí (Sasc), Clébio Coutinho, Superintendente da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar do Piauí,representando Rejane Tavares, Secretária de Estado da Agricultura Familiar do Piauí (Saf),Eduardo Speeden, Superintendente De Cooperação Técnico-Financeira (Sutef) Da Seplan-Pi, representando Washington Bonfim, Secretário de Estado do Planejamento do Piauí, Rejane Silva , Coordenadora Estadual do Fórum Piauiense de Convivência Com o Semi Árido, Daniel de Souza Silva, Secretário de Meio Ambiente e Políticas de Convivência com o Semiárido da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (Fetag-Pi),Hildebrando Wigner da Cruz Pires, Secretário Regional da Cáritas Piauí, Maria da Luz Fonseca de Sousa, Presidente do Centro de Educação Ambiental e Assessoria (CEAA) , Antônio José dos Santos Neto, Coordenador do Centro de Formação Mandacaru,Raimundo João,representando a Coordenação do Fórum Piauiense de Convivência Com O Semiárido.
Liuce Santos - Edição: Nícolas Barbosa