Gessivaldo Isaías se soma às críticas por cobrança por uso e captação de água

por Katya D'Angelles publicado 13/08/2025 13h05, última modificação 14/08/2025 11h50
Deputado falou sobre as incertezas da medida e o seu peso na cadeia produtiva

O deputado Gessivaldo Isaías (Republicanos) se somou aos deputados que questionam resolução do Conselho Estadual de Recursos Hídricos que regulamenta a cobrança de recursos hídricos no Piauí. Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alepi) desta quarta-feira (13), o parlamentar utilizou a tribuna para afirmar que a medida tem um grande impacto negativo nos produtores piauienses.



“Não desconhecemos a importância de políticas voltadas para a gestão sustentável da água. Todos nós sabemos que a água é um recurso finito e que seu uso responsável é um dever coletivo. Contudo, é preciso ponderar que, tal medida, da forma que foi implementada, impacta diretamente nos pequenos, médios e grandes produtores rurais que já enfrentam desafios para manter suas atividades produtivas”, criticou Gessivaldo Isaías.



Para o parlamentar, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, pareceu desorientado na audiência pública realizada na Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Alepi na última segunda-feira (11). Gessivaldo afirmou que o gestor não soube explicar como vai ser realizada a cobrança e que a informação de que investidores estão vindo para o estado mesmo com a nova taxa pareceu contraditória.



Apesar de elogiar as isenções, o deputado defende que os produtores não abrangidos também contribuem para a economia piauiense e não podem ser penalizados. “A resolução prevê isenções para algumas categorias e isso é positivo, mas não podemos esquecer que os produtores que não se enquadram nesses critérios também são fundamentais para a segurança alimentar, para a economia do Estado e para a geração de emprego e renda no campo. Punir quem produz e gera riqueza em um mercado de custos elevados, com crises climáticas e instabilidades econômicas é caminhar na contramão do desenvolvimento”, afirmou Gessivaldo Isaías.



Ele se comprometeu a acompanhar de perto os impactos causados aos produtores e disse que o aumento de impostos vai inviabilizar o avanço da economia piauiense, em um cenário em que já existem muitas taxas cobradas. “Tem a taxa da energia solar, a taxa da água. Para aí, vamos ironizar, vamos começar a cobrar a taxa do céu também”, disse o deputado.



Nícolas Barbosa - Edição: Katya D’Angelles