Frei Betto receberá título de cidadania piauiense
O militante dos direitos humanos internacionalmente reconhecido pelo seu trabalho, Frei Betto, vai receber nesta quarta-feira (2) o título de cidadania piauiense. A homenagem foi aprovada na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) desta terça-feira (1) após uma proposição do vice-presidente da Casa, deputado Francisco Limma (PT), e relatório favorável de Fábio Novo (PT) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano nascido em Belo Horizonte em 1944. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia e é reconhecido por seu trabalho em favor dos Direitos Humanos. Frei Betto é autor de 73 livros, editados no Brasil e no exterior. Sua obra literária recebeu importantes reconhecimentos. Em 1982, seu livro de memórias “Batismo de Sangue” (Rocco) recebeu o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).
Seu livro “A noite em que Jesus nasceu” (Editora Vozes) ganhou o prêmio de Melhor Obra Infanto-Juvenil de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Já em 2005, o júri da CBL premiou-o mais uma vez, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos – perfis literários” (Editora A Girafa). No cárcere, escreveu seu primeiro livro, Cartas da prisão.
Os parlamentares ainda aprovaram no Plenário que a entrega do título seja feita no Teatro 4 de Setembro, onde o homenageado vai lançar um livro e realizar uma palestra sobre religião e política nos tempos atuais. Na justificativa da matéria que originou a homenagem, Francisco Limma destacou toda a atuação de Frei Betto como militante de causas como combate à fome e à tortura, além de sua produção intelectual. Frei Beto esteve preso sob a ditadura militar em 1964 e de 1969 a 1973.
Nicolas Barbosa - Edição:Katya D'Angelles