Dia do musicoterapeuta é comemorado com sessão solene na Alepi
A Assembleia Legislativa do Piauí realizou nesta quarta-feira (18), no Plenário Deputado Waldemar Macêdo, sessão solene em alusão ao Dia do Musicoterapeuta e em homenagem aos 30 anos da União Brasileira de Associações de Musicoterapia (UBAM). A solenidade foi aberta pelo deputado Hélio Isaías (PT) e em seguida passada para o propositor da homenagem, o vice-presidente da Casa, deputado Francisco Limma (PT). A musicoterapia é uma prática terapêutica, híbrida entre arte e saúde, que utiliza a música e seus elementos para promover a comunicação, a expressão e o aprendizado, buscando facilitar a organização e a forma de se relacionar dos seus pacientes.
Francisco Limma ressaltou os 30 anos da UBAM, destacando o poder da música em promover emoções, paz e alegria, além de relembrar momentos importantes. “A musicoterapia é apresentada como ferramenta terapêutica com impacto positivo na saúde, bem-estar emocional e inclusão, especialmente em áreas como saúde, educação e assistência social”, afirmou. A entidade reúne profissionais que usam a música como ferramenta de interação, de intervenção, terapêutica e reabilitação física, mental ou social”, destacou.
Francisco de Assis Carvalho, usuário do Centro de Integração (CEIR), expressou profunda gratidão à equipe do CEIR, especialmente aos terapeutas e musicoterapeutas, por sua reabilitação após um acidente que o deixou em cadeira de rodas. Ele destacou a importância da música em sua vida e na terapia, mencionando como ela o ajudou a preencher seu tempo e a ter uma vida social ativa. Finalizou sua fala dizendo que se sente grato pelo apoio recebido e pela oportunidade de continuar a vida, encontrando parcerias e amigos.
Pablo de Pádua Leão e Silva, presidente da Associação de Musicoterapia do Piauí, celebrou o Dia do Musicoterapeuta, os 30 anos da UBAM e a regulamentação da profissão no Brasil, destacando o crescimento da área e seus benefícios para a sociedade. Apresentou também uma breve história da musicoterapia, desde o uso em culturas antigas até a Primeira Guerra Mundial, ressaltando a importância da música na cura e no bem-estar.
“A musicoterapia surgiu no século XX, impulsionada pelos traumas da Segunda Guerra Mundial, como uma forma de tratamento para soldados. A profissão se estabeleceu nos Estados Unidos na década de 1950, chegando ao Brasil através do Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, inicialmente em contextos psiquiátricos. As pioneiras da musicoterapia no Brasil foram mulheres. A musicoterapia é uma área transdisciplinar, integrando conhecimentos de diversas áreas e buscando o bem-estar através da música. O principal desafio inicial foi a integração entre a natureza musical e a terapia”, concluiu Pablo Leão.
Liuce Santos - Edição: Nícolas Barbosa