“O Piauí da realidade é o da fome”, diz Gustavo Neiva

por Nicolas Nunes Barbosa publicado 14/10/2025 14h05, última modificação 14/10/2025 15h19
O parlamentar afirmou que o Governo do Estado faz propaganda de um Piauí que não existe
“O Piauí da realidade é o da fome”, diz Gustavo Neiva

Foto: Thiago Amaral/Ascom Alepi

O deputado Gustavo Neiva (PP), durante a sessão plenária desta terça-feira (14) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), criticou o Governo do Estado por, em suas palavras, mostrar um Piauí que não existe e esquecer de ajudar a população no básico, como no acesso à água.

 

 

“Temos dois Piauís: o da propaganda, com porto, hidrovia, inteligência artificial, o Piauí próspero, desenvolvido, o bom de se viver. E o Piauí real: o da sede, onde não existe água nas torneiras. Água é um direito básico, que com a privatização da Agespisa foi retirado do povo”, afirmou.

 

 

O parlamentar expôs que grande parcela da população depende de carros-pipa para sobreviver e que com a privatização da Agespisa “as coisas pioraram sensivelmente”. Neiva relatou que muitos prefeitos estão entrando na justiça, pois “estão vendo seus munícipes padecendo por falta de água”.

 

 

Gustavo Neiva ainda repercutiu matéria publicada no site UOL que aponta, a partir de dados do IBGE, que 40% da população do Piauí vive em insegurança alimentar. “Que Piauí queremos? O da propaganda ou o da água encanada, da saúde pública e da educação?”, questionou.

 

Adutora – O deputado Francisco Limma (PT), logo após a fala de Gustavo Neiva, comemorou a inserção da adutora da Serra da Capivara no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciada na segunda-feira (13).

 

O vice-presidente da Alepi explicou que São Raimundo Nonato e mais “oito ou nove municípios” serão beneficiados. “Com o apoio do presidente Lula, do governador Rafael Fonteles e da bancada federal esse sonho começa a se tornar realidade”, comemorou.

 

Prefeituras e acesso à água – O deputado Henrique Pires (MDB), durante os pequenos avisos da sessão plenária, afirmou que, a promessa do ministro da Casa Civil, Rui Costa, feita na semana passada, de que o orçamento para saneamento, abastecimento de água e drenagem seria destravado não se concretizou. Por isso, ele recomendou às Procuradorias dos municípios que entrem com ações na Justiça Federal contra a União para que as obras possam ter continuidade. “É triste fazer um anúncio desse, mas não resta outro caminho que buscar a Justiça”, afirmou.

 

 

Iury Parente – Edição: Nícolas Barbosa