Alimentação saudável e atividade física regular são formas de evitar o surgimento do câncer

por Ângela Núbia Carvalho Sousa publicado 08/08/2022 14h00, última modificação 07/08/2022 16h59
Segundo o Inca, um em cada três casos da doença poderia ser evitado com a adoção de práticas saudáveis

 

 

Ao menos 625 mil novos casos de câncer foram registrados no Brasil a cada ano do triênio 2020-2022, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), e a própria entidade ressalta que um em cada três casos da doença poderia ser evitado com a adoção de dieta saudável, controle de peso e prática de atividade física. A primeira fornece nutrientes que protegem contra o câncer e favorece a manutenção do peso adequado. E a atividade física contribui para a manutenção do peso corporal saudável. A recomendação, portanto, é evitar alimentos ultraprocessados e ingerir vegetais, frutas, legumes, verduras, feijões e outros grãos, sementes e castanhas, além de reduzir o consumo de carnes processadas, bebidas alcoólicas e tabagismo.

 

Em alusão ao Dia Nacional da Saúde, celebrado na última sexta-feira (5), o Hospital Ophir Loyola (HOL), que é referência no tratamento da doença, alerta para a prevenção do câncer. A chefe da oncologia clínica do hospital, Larissa Von Grapp, diz que diversos fatores, incluindo os genéticos e o estilo de vida, contribuem para que uma célula sofra mutação genética e funcione de maneira errada.

 

O carcinoma é caracterizado pelo crescimento desordenado e acelerado das células – a divisão celular acontece de forma agressiva e incontrolável, criando aglomerados de células que são denominadas tumores. Esses grupos, normalmente, conseguem formar novos vasos sanguíneos para garantir sua nutrição e crescimento, e as células cancerígenas também podem se desgrudar do tumor e se deslocar pelo corpo, ocasionando as chamadas “metástase”, que invadem tecidos vizinhos ou viajam pela corrente sanguínea ou linfática até atingir outros órgãos.

 

“As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que, a princípio, são inativos em células normais. Contudo, quando ativados, tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas. Além disso, caso o contato se cesse, por exemplo, uma pessoa parar de fumar, o processo cancerígeno pode ser interrompido e a célula volta a funcionar normalmente”, explica a especialista.

 

Segundo Von Grapp, os fatores genéticos são responsáveis por cerca de 10% a 15% de todas as neoplasias. “Se uma alteração genética, que aumenta o risco de um determinado câncer, é detectada precocemente em um indivíduo, pode ser feito um rastreamento familiar. Durante pesquisa, sobre a mutação do BRCA 1 e 2, por exemplo, que são proteínas supressoras de tumor, todos terão a oportunidade de saber o risco de desenvolver um câncer e, dessa forma, instituir medidas de prevenção e vigilância”, acentua.

 

Caso o paciente seja acometido pela doença, o tratamento contra o câncer pode ser realizado por meio de cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, hormonioterapia e transplante de medula óssea. Dependendo da localização e do tipo do carcinoma, a terapia pode ser associada, conforme a indicação do especialista. O câncer pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas alguns órgãos são mais acometidos pela doença do que outros. Os principais são câncer de pele não melanoma, próstata, mama, de colo de útero e tireoide.

 

Fonte: oliberal.com

Imagem: Reprodução